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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

01 e 02 de Fevereiro de 2014

01 de Fevereiro de 2014, uma conversa nada fácil...

Fui pegar minha filha na casa dela em São Gonçalo, onde mora com a mãe e a avó. Ao entrarmos no ônibus, iniciei uma conversa muito tensa e emocionada onde expliquei que o estado de saúde do vovô era bem delicado e que, infelizmente, poderia ser a última que ela o veria. Nós choramos bastante no ônibus e o mais engraçado foi que esqueci completamente que havia outras pessoas lá, parecíamos só nós dois, pela sintonia de como nos confortamos diante dessa situação muito triste e complicada. Outra coisa interessante é que as pessoas dizem que eu não deveria falar nada, agora imaginem a surpresa de uma criança de 9 anos, que ama o avô e tem contato frequente com ele, viajar e, quando voltar, saber que o avô morreu (espero que isso não aconteça claro, mas preciso contar com essa possibilidade) e ela nem sabia como ele estava de fato. Não achava justo isso com ela, até por que, há uma hora na vida em que infelizmente temos que ensinar aos nossos filhos: a vida é passageira e um dia todos nós vamos embora, o ciclo é assim, a vida é assim e precisamos aceitar de forma adulta e concentrada esta etapa. O importante foi que quando chegamos na casa dos meus pais, meu pai estava animado e nós brincamos muito com ele. Apesar da cor amarelada e da dor que ele sentia, tudo correu bem e a minha filha foi bem forte, nem parecia que ela sabia de nada. Nós passamos uma tarde linda, cheia de amor, de carinho, como família e unidos que é o mais importante.

02 de Fevereiro de 2014...

Neste dia fatídico a minha sobrinha, Maysa, ficou sabendo do avô (meu pai) e, por incrível que pareça, não vi nas expressões dela nenhum tipo de “movimento” ou atitude que me fizesse entender que ela estava triste como eu. É como sempre falo para todos: cada um tem uma forma de receber uma informação e processá-la e, talvez, a forma dela seja de “fuga” e fingir que está tudo bem para a mente e o corpo não sofrerem. Minha irmã age igual, aparentemente, pois quando conversamos, sinto que ela não tem nada pra me dizer, sinto que não quer chorar comigo, sinto que “passou”, mas sei que não é isso, mas a impressão é tamanha e acaba fazendo com que eu acredite, por vezes, que ela realmente não sente nada, entretanto, em outra oportunidade quando perguntei a sua opinião sobre o que estava acontecendo com nosso pai, aproveitei e disse: “Vocês estão bem, né?”, então ela se debulhou em lágrimas. Fiquei com “pena”, pois queria abraça-la e chorar junto dela, mas minha irmã não é muito assim como eu, ela até chora normal com tristezas e situações que  pedem um choro, mas não curte muito ser abraçada (pelo menos por mim) neste momento, foi o que percebi. Então, minha irmã, se estiver lendo isso e eu tiver entendido errado, por favor, me desculpe, mas era o que você me passava na ocasião. O importante mesmo era saber que ela ligava e que estava tão triste quanto eu, mas a forma dela demonstrar era essa, até mesmo para conter seu corpo e sua mente e mantê-los controlados, já que o fim era certo e não havia nada, infelizmente, que pudesse ser feito. Eu, pelo contrário, desde o dia em que soube da doença, não deixei de ligar para o meu pai nem um dia sequer. Tudo bem que meu pensamento me faz crer que devemos fazer isso sempre, mas a vida segue, nós (filhos) seguimos nosso caminho e não tem como ligar diariamente. Eu sempre ligava às quartas e vezes intermitentes para falar com os dois ao celular, mas não era diariamente, diferente a agora, pois todo o carinho que eu der, que a família que meu pai tanto ama der, será o mínimo que faremos por ele em vida e neste momento tão delicado.

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