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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

16 de Fevereiro de 2014

16 de Fevereiro de 2014, adaptação, uma questão de tempo...

A noite continuou e eu não precisei me levantar mais de duas vezes para ajuda-lo, porque enfim certa hora da madrugada, ele achou uma posição mais confortável depois que a enfermeira (ao meu pedido) retirasse um pouco o acesso do soro, para que pudesse descansar por algum tempinho sem todos aqueles tubos no braço. Já às 05h da manhã os enfermeiros acendem as luzes e já começam a visitar seus pacientes com os medicamentos. Na parte da manhã são 6 comprimidos, medição da glicose, aplicação de insulina, inserção de omeprazol e plazil para o mal estar e vômitos e náuseas. Depois que eu dei os remédios, acredito que pelo efeito do plazil, meu pai ficou mal, muito mal e bem tonto e desorientado. Tentou se levantar sozinho, mas não conseguiu, claro, quando eu levantei para ajuda-lo... ele queria vomitar e eu não sabia o que fazer, então eu só o segurava e chamava as enfermeiras... “Enfermeira, enfermeira!!! Ele quer vomitar, pode me ajudar??” e a enfermeira que me olhava nos olhos ne

m me respondeu, apenas empurrou a lixeira (lixeira comum a todos os pacientes, suja no canto do leito) com o pé e saiu... não é por nada, mas eu acho que ela poderia ter sido um pouco mais humana comigo e com o meu pai e ter um pouco mais de respeito, mas infelizmente a qualificação dos profissionais da saúde no Brasil é precária e eu acho que por este motivo, eles fazem um “trabalho de qualquer jeito”, até por que ninguém ali é da família deles, né? Enfim... eu então puxei a lixeira com a minha mão sem luvas (muito perigoso para a minha saúde, inclusive), segurei-a de forma a encaixar no meio das pernas do meu pai e, enquanto meu pai perdia as forças e ia deitando de forma lenta, eu o segurei com força e fiquei entre a lixeira e ele, fazendo uma força que eu até então desconhecia, para conseguir mantê-lo próximo à lixeira e para que ele vomitasse para se sentir bem... ele fez vômito sim, mas graças a Deus não vomitou. Digo graças a Deus, pois ele tinha tomado todos os remédios e se vomitasse, nada daquilo faria efeito e ele teria que tomar tudo de novo. No fim, correu tudo bem, meu pai é um homem muito forte e determinado, mesmo incapacitado, manteve as forças, se deitou e relaxou, o que me aliviou um pouco. Imediatamente após este acontecido, eu corri para lavar minhas mãos, passei “álcool 70%” e depois fui higienizar as mãos do meu pai, antes que ele as utilizasse para tocar outras partes do corpo ou do rosto, enfim, tudo correu bem.

Dei-lhe o café da manhã e ele comeu tudo, o que é muito bom, pois ele precisa se alimentar para manter as forças e a imunidade um pouco melhores. Não houve mais enjoo e nem mais mal estar, pelo menos enquanto estive ali.

A FOTO ABAIXO FOI TIRADA EXATAMENTE NESTE DIA!


Minha mãe chegou já eram 08h da manhã... atualizei-a com o histórico de tudo que tinha acontecido e me preparei para ir embora, mas antes eu sentei do lado dele (ele estava sentado na cama olhando para a tv em todo o momento enquanto eu falava com ele) e disse: “Pai, eu te amo tanto, sabia? (ele balançou a cabeça positivamente), “foi tão bom passar esse tempo com você... tinha tanto tempo que não ficávamos juntos assim, né?” ele balançava a cabeça positivamente, sem dizer uma palavra sequer, entretanto, eu sentia que ele concordava com o coração e sentia o mesmo que eu ali naquele momento. Arrumei minha mochila e fui embora, pensando e pensando...
Ao chegar em casa, conversei com minha esposa, desabafei o que precisava, abracei-a como nunca tinha abraçado, o que me deu forças para mais um dia em pé, para continuar firme. Tomei banho e logo deitamos juntos e dormimos um sono dos Deuses. Quando acordamos seguimos para a casa dos pais dela, meus sogros, e lá ficamos para descontrair um pouco, afinal, eu precisava disso mais do que nunca e preciso estar perto das pessoas que me fazem bem, que me fazem sorrir para esquecer um pouco a minha tristeza.

Resumo do dia: um dia cheio de aprendizados, tristezas e felicidades, afinal, quando chego em casa, cada dia, percebo que há mais do que uma vida, mas outras vidas que continuarão, uma delas é a vida do meu filho que ainda vai nascer, um neto homem que meu pai sempre quis e a vida da minha filha que está em viagem, mas presente no meu coração em todos os momentos. O importante é continuar e continuar, olhando pra trás de vez em quando, pois é bom para amadurecermos e consertarmos atitudes atuais que ainda podem ser acertadas, mas sempre em frente, sempre em frente...