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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

25 de Junho de 2014

25 de Junho de 2014, o fim de uma fase, início de outra...

Quando resolvi dar o nome do blog de “Depois do Câncer”, quis mostrar de alguma forma que a doença pode ser destruidora (ou não), mas que independente disso, depois que isso acontece, a vida continua, outras coisas acontecem e, em muitos casos, nós temos outras alternativas de tentar deixar a vida menos dolorosa com o tempo. Hoje ainda me lembro com um pouco de tristeza dos momentos que meu pai esteve deitado numa cama de hospital sem resposta, mas fico feliz dele não ter ficado com alguma sequela que o obrigasse a viver sob aparelhos ou em uma cadeira de rodas, completamente dependente de tudo e de todos. Em pensar que ele sofreu, mas não tanto ao ponto de sentir dores intermináveis e que ele “durou” tão pouco depois que o câncer começou a destruir o corpo dele. De certa forma, meu pai foi um guerreiro e nos últimos dias de vida, ele lutou pela vida dele e se ele não faleceu antes ou no dia do meu aniversário, foi porque ele ainda sentia algum tipo de esperança, sim, ele estava consciente, mas dormindo.

O que diferencia nós que já tivemos pais, amigos ou familiares (próximos ou não, mas que reservamos grande carinho) que já sofreram e vieram a falecer por conta do câncer, daquela pessoa que nunca teve algo assim parecido na vida, é a forma de ver a vida dali pra frente e a forma com que os sentimentos vão se adaptando a cada situação diferente que acontece diariamente depois do câncer.

Eu conheço pessoas que tratam mal seus pais e irmãos, que não ligam, que utilizam da religião pra dizer que são pessoas do bem, mas deixam a família de lado, logo a coisa mais importante que a bíblia em si cobra mais: A FAMÍLIA, o amor ao próximo, certas coisas que de verdade eu gostaria de entender, mas não consigo, pois há uma força maior dentro de mim, dizendo que quem faz dessa forma é completamente errado e não sabe o tipo de prejuízo que isso pode-lhe trazer... mas é aquilo: cada um na sua, cada um com uma forma de pensar, de agir e de levar a vida, fazendo como se acha melhor.

Por hora, gostaria de dizer aos que acompanham meu blog que, se você não tem ninguém ou nunca teve ninguém próximo que já enfrentou um momento difícil como enfrentar o câncer ou alguma doença degenerativa que arrasa em pouco tempo com o corpo, mente e psico da pessoa, pense em como seria se alguém da sua família mais próxima tivesse, acho que isso vai te ajudar a entender o valor que eles tem, o valor que eles terão e o valor que eles tiveram durante toda a sua vida e se hoje você tem um carro que ganhou de presente, um telefone caro, mora com seus pais e não tem esquentação de cabeça, valorize isso, aliás SUPERVALORIZE isso, pois isso acaba. Se você mora longe dos seus pais e acha que está tudo bem, pense que pra você pode estar tudo bem, mas para a sua mãe e para seu pai não está. Eles provavelmente ainda perdem o sono por você e cada vez que o telefone toca, eles ficam atordoados pensando que é você, pois você é um pedaço deles, você carrega uma magia no seu sangue que te une a eles de tal forma que eles te sentem de forma inexplicável que você nunca vai entender... as vezes acho que sou chato repetindo isso, mas é essa a diferença que falei: eu passei por isso e agora eu não quero perder um momento sequer no restante de vida que me sobrar.

Na verdade, escrevi nesta data para dizer o quanto estou triste e o quanto isso faz pensar no meu pai, pois hoje fazem 4 meses que ele faleceu depois de enfrentar o câncer. Não suficiente, hoje eu fui dispensado do local onde eu trabalhava como temporário, foi um choque, pois eu jurava que ficaria lá como funcionário, de longe a melhor empresa no quesito salário + benefícios que eu trabalhei até hoje, mas como tudo na vida um dia tem um fim, dito e feito. Nesta empresa eu passei por várias situações de sentimentos diferentes: falecimento do meu pai, nascimento do meu filho, dois sentimentos tão diferentes nos seus polos que fez com que ficasse marcado, até porque nela eu recebia todo dia 25, exatamente na data em que meu pai faleceu, ou seja, todo dia 25 que seria um momento feliz pra mim por conta de salário, eu ficava triste, pois a saudade invadia meu peito logo cedo e me fazia esquecer que eu tinha pagamento. Não sei o que me espera do lado de fora daqui, afinal foram 6 meses de muito trabalho, mas espero que eu não seja surpreendido de forma negativa...