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terça-feira, 9 de setembro de 2014

03 e 04 de Fevereiro de 2014

03 de Fevereiro de 2014...

Uma segunda-feira comum, se não fosse essa tristeza que eu carrego diariamente comigo. Já não bastasse ser segunda-feira, ainda tenho uma dor que não passa e que me persegue diariamente. Tenho aprendido a controlar mais minha vontade de chorar e meu sentimento de “pré-perda”, o que é muito bom.

Não estudei sobre a “pré-perda”, na verdade, acho que eu mesmo inventei a palavra e descobri o sentimento em mim, pois, assim que descobri e, mesmo antes de saber se o tumor era maligno ou benigno, eu já estava matando meu pai no meu pensamento, chorando como se ele estivesse partindo... ele está partindo vagarosamente, mas não da forma que eu fantasiava. Acho que nós – seres humanos – gostamos de sofrer e gostamos mesmo, comprovadamente, mas não sabia que era tanto, pois enquanto meu pai estava brincando comigo, eu só pensava em como seria sem ele por aqui. Acredito que isso seja uma coisa normal, um pensamento de quem ama, enfim. Bom mesmo era saber que ele ainda estava ali e pensar que ele poderia “durar” mais tempo aqui conosco – de forma egoísta – me fazia melhor e assim fui ‘empurrando’ esse sentimento para dentro e fui melhorando meu humor durante o dia. Conversar com meu pai pelo telefone me dá felicidade e agonia, pois começamos a falar ele está ofegante e com a voz diferente do que eu sempre escutei, fraca, mas brinca no telefone e mostra que está, de certa forma, bem. Meus pais sabem como sou – o mais chorão – e eu tenho certeza que eles farão o que puderem para evitar que eu saiba das coisas antes ou para eu ter que ouvir todos os dias: meu pai está mal...

04 de Fevereiro de 2014, busca de recursos...

Hoje meu pai acordou com vontade de resolver os assuntos referentes à Caixa Econômica Federal, recebimento do PIS (sim, ele tem direito depois de lutar muito) e às contribuições para a previdência para que ele possa deixar uma pensão para minha mãe... sinto que as forças dele estão acabando, então por isso ele tem pressa em resolver isso. Hoje ele acordou sem dor e me parecia bem animado ao telefone, coisa que também me anima, pois apesar da doença e do quadro em que ele se encontra, ainda lhe resta motivos para sorrir e brincar com a gente. Meu pai é muito forte!!

Sinceramente só por um milagre um homem que deixou de contribuir à previdência há tanto tempo conseguiria resgatar o “tempo perdido” com relação à aposentadoria por invalidez (doença crônica), entretanto, para a minha surpresa, ele conseguiu. Não posso deixar de agradecer à minha madrinha Márcia Vendramin, que ajudou em 100% de todos os procedimentos para que isso se tornasse um dia possível. Aliás, minha madrinha foi uma senhora MADRINHA, sempre. Quando a mãe dela (Dona Dalva, que Deus à tenha) ficou doente também com câncer (ela enfrentou muitos tumores por todo o corpo até o dia de sua morte), minha mãe esteve ao seu lado, o que nos faz ter a certeza de que hoje é você quem precisa de ajuda, amanhã sou eu quem preciso e nós podemos nos encontrar novamente. Através deste pensamento acredito que ela se incentiva sempre e por isso ajuda meus pais em tudo. Até no almoço, quando tia Márcia sobe ao 402, anima meu pai a comer, coisa que ele faz muito de vez em quando. Queria ter dinheiro para pagar à estas pessoas, não por “serviços prestados”, mas para poder recompensar de alguma forma o “trabalho” que a gente acaba dando durante a vida à elas. Um obrigado só não parece suficiente, mas é... acaba sendo...