AJUDEM-ME COM MINHA #VAKINHA:

Se você quiser e puder, ajude-me a engordar minha #vakinha. Basta clicar AQUI ou copiar o link ao lado, colar no navegador, ler minha história e contribuir. Aproveite e cadastre-se, é muito legal: http://www10.vakinha.com.br/VaquinhaE.aspx?e=278452

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

05 e 06 de Fevereiro de 2014

05 de Fevereiro de 2014, um susto e nada mais...

Falar sobre o desespero de o telefone chamar e ninguém atender. Quatro vezes foi o número que liguei para minha mãe e meu pai. Na quinta vez, minha mãe atendeu, disse que está tudo bem, mas não está em casa. Disse que deixou meu pai dormindo e bem em casa, mas o telefone de casa, mas

ele não atende o celular, nossa, que angústia. Eu queria trabalhar perto de casa agora, pra poder voar lá e ver se ele está bem mesmo ou não. Espero que alguém me retorne logo com uma notícia normal, de que ele estava com os telefones longe dele apenas ou dormindo mesmo...
A boa notícia é que consegui falar com ele ao telefone e, apesar da voz bem fraquinha, ele estava bem e deitado. Disse não ter me atendido por conta de estar no banheiro, coitado. Ele continua bem debilitado e frágil, não consegue mais comer direito, só de olhar pra comida ele faz vômito ou foge o mais rápido possível. Seu peso diminuiu consideravelmente pelo que minha mãe diz, na verdade, isso é só mais um dos vários passos da doença.

Acabei descobrindo que o câncer dele é um Adenocarcinoma tardio, ou seja, só foi descoberto quando a cura já estava fora de cogitação, provavelmente, por conta dos excessos que meu pai teve durante a vida, ele mesmo diz que fez muita merda na vida e que viveu tudo muito intensamente, infelizmente hoje está pagando o preço por tudo isso, mas sabemos que não é só por isso, pois envolve muitas e muitas outras coisas que eu nem gostaria de relacionar detalhadamente neste momento, mas todas tem a ver com a forma de vida, a alimentação, o stress, enfim.

06 de Fevereiro de 2014, fragilidades da vida...

“Ele caiu!”, “Como assim, mãe?”, “Ele caiu, meu filho, na rua anteontem e no banheiro hoje, está frágil e não consegue se levantar com facilidade...”, “Nossa, mãe!! – neste momento meus olhos se enchem de lágrimas – E o que você acha? Seja sincera... preciso enfrentar isso diariamente!!” – minha mãe chora - “Eu acho que está chegando ao fim, meu filho!” e então um silêncio tomou conta de nós dois, por segundos (os mais longos que já vivi) e a primeira vontade que me deu foi de voar do meu trabalho e chegar na casa deles para dar um doloroso, mas ao mesmo tempo amoroso abraço na minha mãe e deitar do lado do meu pai e dizer para ele que eu o amo tanto que se pudesse, mudaria isso, hoje e para sempre. Na sequencia minha mãe passou o telefone para ele e ele, com a voz bem fraquinha, disse pra mim pausadamente: “Eu tô fraquinho, fraquinho, nem consigo me levantar e até pra falar tá difícil, meu filho... mas também, eu não consigo me alimentar direito, porque de longe eu sinto náuseas só de sentir o cheiro da comida ou pensar que ela tá pronta...”. Meu coração ficou apertado e eu segurei a voz, tentei acalmá-lo da melhor forma, mas acho que sou a pior pessoa pra tentar fazer isso com ele. Debaixo desse corpo enorme que eu tenho e de toda essa fortaleza que eu (às vezes) aparento, sou mole igual “Maria mole” e me derreto inteiro só de pensar que o MEU PAI está deixando esse mundo.


Eu gostaria de propor uma coisa a você que conseguiu chegar até aqui: feche os olhos ao acabar de ler esta frase e pense em uma pessoa que você ama muito... pense com muita força nesta pessoa e ao abrir os olhos, corra para abraça-la imediatamente. Se ela mora longe de você e não for tarde ou, se você tiver disponibilidade, vá AGORA até esta pessoa e a abrace muito forte. Jamais canse de dizer que a ama, jamais diga que ela é chata ou brigue com ela por ela ter feito alguma coisa que você não gostou naquele momento, principalmente se esta pessoa for seu pai ou sua mãe. Por mais defeitos que eles possam ter, lembre-se: eles são seus pais e só Deus sabe até quando você os terá por perto, então releve, perdoe e abrace-os muito e sempre como se fosse a última vez que fosse vê-los, todos os dias. Acho que o que me diferenciou de muitos filhos por aí, foi o fato de eu sempre ser intenso em sentimentos, sempre demonstrando muito amor, carinho e muito respeito não só aos meus pais, mas a todas àquelas pessoas que eu sempre amei. Enfim, isso não importa agora, então feche os olhos e faça o que lhe pedi: Corra, pois o tempo é muito cruel (ou não) e passa muito, mas muito rápido mesmo.