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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

20 de Janeiro de 2014

20 de Janeiro de 2014, ressonância magnética...

Finalmente o resultado da ressonância magnética ficou pronto e nós estávamos esperançosos, mesmo sabendo que a idade do meu pai era um tanto quanto avançada para enfrentar uma doença dessa magnitude, tínhamos esperança de que fossem apenas nódulos benignos que poderiam ser retirados com alguns procedimentos cirúrgicos, nos enganamos. Quando o laudo saiu, inicialmente, minha mãe escondeu de mim a verdade, exatamente por eu ter este jeito meio sentimental
e tal, mas não demorou muito a verdade veio à tona: meu pai estava em um estágio muito avançado da doença. Eram dois tumores malignos no pâncreas (com certeza enfatizados pelo diabetes que não tinha nada a ver com o diabetes, mas só depois eu fui saber disso, por isso mantive riscado a quem puder interessar) entrando em metástase para o fígado, que por sua vez, tinha incontáveis nódulos, o que significa o tal “enraizamento do câncer”, que é quando o câncer começa a se espalhar, sai de um órgão e atinge outros órgãos. Em 80% dos casos (na época em que escrevo este livro) é dessa forma que acontece e, com o tempo, pode atingir órgãos como o pulmão, o baço e outros órgão próximos ao pâncreas, causando o “apodrecimento” e a falência destes. Como se já não fosse suficiente, meu pai sentia dores e todos os sintomas que o google me dava quando eu pesquisava sobre a doença, foi quando resolvi pesquisar sobre a fase terminal da doença e descobri que o MEU PAI estava enfrentando essa fase. Enfatizei o MEU PAI, pois sempre pensei que deveria ter pais imortais, mas infelizmente, a realidade é outra agora.



Tudo foi muito rápido e, de repente estávamos ouvindo do médico que a família deveria se unir e que o câncer se espalhara muito rápido pelos órgãos do me pai, então em menos de uma semana, sua coloração já mudou para amarelada na pele e no branco dos olhos, além disso, pequenas feridas geradas pelas coceiras que ele tinha (em decorrência do câncer de fígado) começaram a aparecer e ‘manchar’ a silhueta do meu amado pai em algo irreconhecível. É difícil acreditar que uma pessoa tão ativa como meu pai, tão valente, que sempre lutou pelos filhos e que tinha defeitos como qualquer um, mas que era o melhor pai do mundo, tão forte, que sempre trabalhou com vendas a pé e que subia e descia morros e favelas pra obter sucesso com seu trabalho, estava daquele jeito, de uma forma ou de outra, definhando por conta de uma doença que ‘não tem cura’. Disso tudo, o pior não era enfrentar a doença, mas conviver com a dor que nunca parava, mesmo com a prescrição de remédios fortíssimos à disposição.

Mais uma vez quero dizer que jamais desejo informar algo aqui ou dizer sobre algo que não tenha acordo com a realidade, cada ser humano, cada organismo reage de uma forma e não é só o tratamento ou o tipo de tumor que vai dizer se a pessoa vai vencer ou não o câncer, mas a vontade dela de vencer, de seguir vivendo, contam muito para essa recuperação, para o prolongamento da sobrevida que se leva numa ocasião dessas. Como disse antes, sempre pesquisei muito e acho justo deixar aqui um pouco das pesquisas que fiz sobre a doença e o estágio em que ela estava no corpo do meu pai, então leiam sem culpa, mas não se guiem por estas informações para tirar conclusões precipitadas e se você tem a mente fraca, pule para a próxima data, ok? O texto segue abaixo:

Quais são os sintomas da fase terminal do câncer de fígado?

Sintoma: abdômen
Nas fases finais do câncer de fígado, a cavidade abdominal pode inchar devido ao acúmulo de líquido, o que é chamado de ascite.

Sintoma: icterícia
Semanas antes da morte, a icterícia hepática agrava progressivamente. Com a icterícia, a pele e o branco dos olhos ficam amarelos, e a urina normalmente fica escura. Os pacientes podem ter coceiras e fezes claras. Também pode ocorrer perda de apetite, vômito, náusea e febre.

Outros sintomas
Pode ocorrer confusão mental e sonolência e o paciente pode sofrer de irritabilidade, agitação, tremor das mãos e delírio. Também pode resultar em coma.

Prognóstico
Normalmente, a morte ocorre dentro de seis meses do diagnóstico de câncer do fígado, devido à hemorragia gastrointestinal, desnutrição aguda (perda de peso, fadiga, atrofia muscular, perda de apetite e fraqueza), insuficiência hepática, ou metástase (propagação da doença de uma área para outra do corpo), pulmões, gânglios linfáticos ou para a veia porta (uma veia localizada na cavidade abdominal).

Apoio
As enfermeiras ou o hospital podem dar conselhos à família sobre tratamentos paliativos, para ajudar a amenizar o desconforto do paciente.
Sinais físicos do estado terminal do câncer de fígado

Febre
Quando um paciente está se aproximando da morte, devido ao câncer hepático terminal, a temperatura de seu corpo provavelmente aumentará rapidamente. Este é o comportamento natural do corpo quando está prestes a morrer. Em alguns casos, a febre pode subir para mais de 40ºC, tornando o paciente quente ao toque e podendo apresentar sudorese e desconforto. A enfermeira do hospital pode decidir por administrar um narcótico forte, como a oxicodona, para relaxar o paciente e ajudá-lo a se sentir mais confortável.

Respiração
Outro sinal importante de morte iminente por câncer de fígado é uma mudança na respiração do paciente. Um fraco crepitar ou som borbulhante pode ser ouvido como se o paciente tentasse forçar a inspirar e expirar. Isso é devido ao enfraquecimento dos músculos peitorais, o que os impede de mobilizar o fluxo de catarro e muco nos pulmões adequadamente, porém, isso não significa que o paciente estará entrando em choque. A enfermeira do hospital provavelmente administrará uma medicação para ajudar o paciente a relaxar, tornando a respiração facilitada. O paciente também pode utilizar uma máscara de oxigênio neste momento, aumentando o conforto.

Inquietação terminal
A inquietação terminal ocorre nos momentos finais de vida. O paciente pode estar completamente consciente de seu entorno e se sentir desconfortável na cama. Ele pode debater ou reclamar, ou transparecer sofrimento e dor. Morfina ou um preparado com Duragesic pode ajudar com a inquietação. Alguns pacientes também podem sentir a necessidade de gemer ou gritar, deve-se proporcionar conforto físico ao paciente, segurando a mão ou acalentando-o para ajudar a manter a calma.

Visão
Na fase terminal do câncer de fígado, o paciente pode apresentar alterações na sua visão. Os músculos dos olhos podem não funcionar tão bem como antes, de modo que o paciente poderá ter problemas para reconhecer as visitas e familiares. Alguns pacientes também podem falar sobre ter visões de entes queridos que já faleceram, estes são sinais comuns da aproximação da morte.

Sinais vitais
Todos os cuidadores devem ser ensinados em como reconhecer os sinais vitais para saber quando o seu querido faleceu. A respiração do paciente pode ir de rápidos ritmos e suspiros curtos para respirações mínimas, em que ele leva apenas 2-4 respirações por minuto até que o peito para de se movimentar. A mandíbula do paciente pode relaxar, e sua boca pode se abrir um pouco. Seus olhos podem permanecer abertos, mas as suas pupilas serão fixas e dilatadas. O paciente também pode perder o controle de suas entranhas e urinar no momento da morte, se o paciente assinou um termo de "não ressuscitação", a emergência ou uma ambulância não devem ser chamados. A enfermeira do hospital deve ser contatada imediatamente, ela então pronunciará a hora e a data da morte do paciente.”

A fonte de pesquisa segue ao lado: http://www.ehow.com.br/quais-sintomas-fase-terminal-cancer-figado-fatos_4385/

NOTA: É impressionante como, lendo tudo isso hoje eu percebi que meu pai passou por todos estes estágios da doença... principalmente quando o texto fala sobre a "icterícia", "febre", "respiração" e "inquietação terminal"... vou falar um pouco mais sobre isso a frente.

18 de Janeiro de 2001

'Foto: Eu e meu amigo Hugo, há mais ou menos 15 anos.'

18 de Janeiro de 2001, mais um pouco de mim...

Já com quase 18 anos nesta data, comecei a trabalhar numa empresa de telemarketing, vendendo uma marca de cartão de crédito que tinha como logo uma nota de dólar e só os “bem apessoados” podiam ter. Foi uma época de muitas surpresas na minha vida profissional que se iniciava, até por que sempre odiei vendas e estava, naquele momento me deparando com este setor e me dando, de certa forma, bem.


Algum tempo depois já com argumentos de vendedor na ponta da língua, tive um pequeno e desastroso desentendimento com meu pai que, nesta época, abusava um pouco das bebidas. Nós tivemos uma discussão, pois ele achou que eu estava negociando e pegando drogas com um amigo na rua e eu fui firme e provei que nada disso estava acontecendo. Mesmo assim, sob o efeito do álcool, meu pai pediu gentilmente (jogando uma garrafa de cerveja cheia da sala à cozinha e a espatifando num canto) que eu saísse de casa. Foi quando eu fui morar com um amigo chamado Hugo Oliveira e com sua mãe, minha amada segunda mamãe do coração, Valquíria de Oliveira, pessoas das quais falarei mais tarde com mais detalhes. Eu cheguei à casa do Hugo no mesmo dia bem tarde da noite, expliquei a situação e, no mesmo momento, fui admitido como novo morador daquela casa. Preciso registrar que foram os melhores 8 meses que vivi, naquela ocasião, com aquela idade e com aquelas pessoas, naquele lugar. Jamais eu tinha sido tão amado e querido por pessoas que não eram da minha família, o que me ajudou a compreender certas coisas e a aprender em como, de fato, é preciso amar o próximo, sem esperar nada em troca, pois eu nada tinha a oferecer àquela família que me acolheu. No dia 17 de Agosto de 2002, eu conheci uma moça (que já era mulher, na verdade, com 5 anos na minha frente), nós começamos a ficar, quando vi estava indo para a casa dela e deixando o Hugo e a tia Valquíria (como eu, carinhosamente, à chamava), para ficar apenas uma semana, quando não mais saí e comecei a arcar com responsabilidades de “homem da casa”, pagando contas e sendo ‘marido’. Podemos dizer que eu amadureci muito em pouquíssimo tempo, pois em uma semana eu estava sendo sustentado pela tia Valquíria e no outro momento eu passei a me sustentar e ajudar no sustento de outras pessoas que quase não conhecia... meio louco, né? Enfim. Foi com esta mulher que vivi felizes 3 anos de um intenso relacionamento e tristes outros 3 anos de pura redenção e conforto que era nitidamente de ambas as partes. Esta mesma mulher me deu um dos melhores presentes que um homem pode ter na vida: uma filha.

Maria Luisa, minha filha, nasceu em 07 de Maio de 2005 com pneumonia congênita e
precisou ficar internada 16 dias numa UTI que tinha a pior das enfermeiras chefes que eu poderia ter conhecido. Graças a Deus, ela conseguiu sair dessa com nossa força e ajuda e ainda me trouxe muitas alegrias. Cresceu saudável e sapeca, como qualquer criança e nunca me deu trabalho. É um grande orgulho pra mim, pois apesar de pouca idade, ela já demonstra um lado meio Rodrigo Gambini de ser, que se importa com os outros e perdoa de forma rápida. Todos ficaram muito radiantes com a vinda da Malu e tentamos proporcionar à ela momentos inesquecíveis sempre, para que ela se sentisse sempre muito aconchegada entre os membros da família... infelizmente, neste momento, começou uma grande e infeliz fase da minha vida conjugal e logo depois viemos a nos separar...