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terça-feira, 30 de setembro de 2014

25 de Fevereiro de 2014

25 de Fevereiro de 2014, o fim do sofrimento...

Hoje eu acordei com uma sensação esquisita, na verdade, eu sempre acordo com uma sensação esquisita depois que meu pai foi internado, já se tornou meio que normal, mas tudo bem. Hoje, além de tudo, minha filha Maria Luísa voltaria dos Estados Unidos em uma viagem que ela foi para diversão com a mãe e com o namorado na mãe. Eu estava ansioso pela volta dela, com muitas saudades, pois fazia quase um mês que não à vida, mas estava tão preso ao meu pai, ao ponto de não conseguir na maior parte do dia, desvincular meu pensamento dele.

Minha mãe me ligou perguntando se eu podia ficar com meu pai hoje, ele continuava não respondendo, mas não poderíamos abandoná-lo sozinho no hospital, então nos revezávamos como acompanhantes dele, cada um ficava um pouquinho e tudo bem. Eu trabalharia no dia 26 (amanhã), estava querendo ficar com meu pai, mas com medo, medo este de acontecer alguma coisa com ele enquanto eu estivesse lá.

O dia passou, como os outros e, quando foi mais ou menos umas 18 horas, minha mãe me ligou dizendo que era para eu não ir, pois ele estava muito mal, se contorcendo e que a imagem que eu veria seria muito dolorosa, para eu ficar em casa, entretanto, o que eu não sabia é que ela estava me escondendo uma informação que mudaria minha vida...

Me senti mal e fui dormir um pouco, estava com sentimento de febre e dor de cabeça, mas em torno de 20 horas eu escuto a seguinte frase ainda dormindo: “Vida! (nome que minha esposa me chama normalmente) Vida... acorda... seu pai foi encontrar com papai do céu...”. Eu não tive outra alternativa, senão me entregar à tristeza que, naquele momento, tomava conta do meu corpo e mente, então eu chorei, chorei, chorei... por horas, que na verdade eram minutos e que parecia, de fato, anos. Eu nem preciso dizer que a dor é insuportável, que parece que a vida não interessa mais e que TUDO a partir daquele momento havia morrido junto com ele, inclusive eu!

Também não preciso dizer que eu fiquei em choque, que eu esqueci de tudo e de todos, que eu me senti uma merda por não ter feito mais, por não ter podido ajudar minha mãe e meu pai naquele momento, me senti inútil, me senti infeliz, me senti morto.

Meu pai faleceu às 17:18 do dia 25 de fevereiro de 2014, refém de um adenocarcinoma do pâncreas com metástase que evolui para o fígado e para outros órgãos. Sr. Eduardo César Gambini viveu 36 dias desde a descoberta do câncer e não desistiu... em dado momento ele aceitou a doença, pois sabia que nada poderíamos fazer contra ela. Meu pai tinha muitos defeitos, mas era o melhor pai do mundo e agora que ele se foi, fica seu ensinamento de que devemos viver felizes e que nem tudo está perdido, pois uma vida se vai, outra se inicia e precisamos nos focar nos próximos eventos. Ele nunca reclamou um dia sequer da doença e dos males que ela trouxe, nunca tratou uma pessoa mal, como pode acontecer com o desenvolvimento da doença e tentou até o último segundo. Acredito, inclusive, que ele se forçou a não falecer no meu aniversário, mesmo sem resposta nenhuma, acho que ele não quer me dar esse “presente”... meu pai morreu em silêncio, não sei se satisfeito, mas calmo e tranquilo, ele morreu dormindo e mesmo que não tenha sido assim, infelizmente preciso pensar assim, para que meu coração possa suportar essa dor infernal e desgraçada que estou sentindo nesse momento.

Eu queria, por um momento, um momento apenas, ter ele aqui e poder dizer pra ele que nada do que ele me ensinou eu esqueci e se hoje eu sou um HOMEM respeitador, um homem educado e que sabe cuidar de sua família, isso se deve à educação que ele, juntamente à minha mãe, me deu. Pai, onde quer que esteja, esteja com Deus e na companhia dele, espero de verdade que tenha muita luz no lugar onde você vai, pois uma pessoa com o coração bom igual ao seu, merece o melhor. Eu te amo tanto, mas tanto, tanto, tanto que chega a doer o amor, como uma ferida que foi aberta...

Hoje eu estou de luto... por você, pra você, pai! Hoje se foi o homem da minha vida, meu pai, meu amigo... me desculpem... que dor... nossa!!!! Que dor!!!